Tornaram-se claras as deficiências no combate às chamas. Falhas de coordenação, sobretudo.
Costa e o Governo em geral procuraram adiar respostas, “chutando para canto” e tentando arranjar alguns bodes expiatórios. Mas o primeiro-ministro percebeu que a confiança no seu executivo tinha sido mesmo afectada por este flagelo.
Assim se compreende [...] o tom agressivo, mal disposto e até malcriado com que A. Costa se referiu aos líderes do CDS e do PSD na “rentrée” política do PS. Por exemplo, acusou Passos Coelho de diariamente criticar os bombeiros – coisa que ele sabia, ou devia saber, que o líder do PSD nunca fez.
É uma agressividade que lança as maiores dúvidas sobre a seriedade da proposta feita dias antes por A. Costa de aprovar no Parlamento por maioria de dois terços (logo, com o PSD) os grandes investimentos públicos.
As eleições autárquicas só em escassa medida explicam o regresso a este desagradável clima de crispação.
Francisco Sarsfield Cabral, RR
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