Desde a invenção da democracia moderna, aquilo que move o eleitorado é apenas o conforto da carteira e a preservação de um certo modo de vida. Não são os escândalos que destroem um político (Sócrates que o diga), nem certas opressões da liberdade (Putin ou Salazar que o digam), nem tragédias como as de Pedrógão Grande, que o PSD achou que iria marcar a segunda metade da legislatura. Com excepção de pequenas franjas muito politizadas, aquilo que decide o voto é, e sempre foi, a expectativa de cada um poder melhorar, ou pelo menos manter, o seu conforto económico.E, neste aspecto, António Costa com o seu discurso (ainda que falso) do pós-austeridade leva larga vantagem sobre Passos Coelho.
E, afirma Tavares, e questionamos nós - «O PSD deve aceitar o pacto de António Costa mesmo que esteja colocado numa posição extremamente desconfortável, Passos Coelho deve engolir o ressentimento, fazer o que está certo e beber o cálice até ao fim.»
Fonte:João Miguel Tavares, Público, via Blasfémias
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