António Costa respira e transpira política tacticista por todos os poros e, como Marcelo, sabe estar na posição certa no momento certo e com o discurso apropriado para cada circunstância, seja dramática ou festiva. Ali não há acasos nem amadorismos. Há inteligência, tacticismo e intuição pura e dura.
Há ainda uma máquina que hipervaloriza o positivo e varre o lixo para debaixo do tapete, aproveitado a anestesia mediática que ocorre na comunicação social, seja televisiva, radiofónica, impressa ou online.
Nunca o maniqueísmo esteve tão presente. Só há branco e preto.
Não havendo oposição partidária (como ainda agora se viu no Pontal), quem critica minimamente a geringonça é praticamente apelidado de fascista. Já quem apoia a solução de governo ou a justifica sempre é acarinhado ou mesmo endeusado. Por sua vez, quem concorda ou discorda consoante os casos e a sua consciência é marginalizado.
Daí que se verifiquem oscilações internas jamais vistas, nomeadamente no PS, onde se votou numa ocasião o apoio unânime à candidatura de Rui Moreira ao Porto e mais tarde a sua rejeição com a mesma unanimidade. Notável!
(excerto do artigo de Eduardo Oliveira e Silva, 'António Costa, o mestre de culinária', Ji )
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