A Universidade Nova de Lisboa fez um estudo no ano passado em que perguntava aos empresários franceses sobre os principais constrangimentos identificados pelas empresas que investem em Portugal. A primeira resposta não foi impostos, nem leis laborais, nem sequer acesso ao financiamento: 78% das empresas inquiridas apontaram a burocracia como o principal constrangimento.
Devíamos acabar com a burocracia. Dir-me-ão que tal não é possível. Mas a vaca voadora de Costa mostrou que não há impossíveis. E como dizia Max Weber, “o homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”.
A burocracia de Weber ao menos tinha a virtude de travar o nepotismo, garantir que as regras são cumpridas e garantir igualdade de oportunidades. A nossa burocracia, ao que parece, só serve para travar a inovação, o crescimento económico e permitir que alguns dos nossos governantes e gestores públicos possam disfarçar a sua incompetência com um carimbo de um qualquer serviço do submundo de uma repartição pública.
(excertos do artigo de Pedro Sousa Carvalho, hoje no Eco)
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