Os vários regimes, para se fazerem populares, não hesitaram em suscitar expectativas inviáveis, sujeitando depois o país a choques sucessivos: bancarrotas como as de 1891 ou 2011, inflações demolidoras como as dos anos 20 ou dos anos 70 e 80. Demasiadas promessas e esperanças acabaram em cortes e impostos. Como é possível “acreditar no que nos dizem”?
A mentira do Estado em relação aos cidadãos, a indiferença do Estado pela verdade é a outra metade dessa “falha nacional”. Este é um Estado que teve seis anos o afinal não-engenheiro José Sócrates à frente do governo, ostensivamente carregado de suspeitas de corrupção, mentira e "atentado contra o Estado de direito" – e nada conseguiu fazer para esclarecer as dúvidas, num sentido ou no outro. Como ter confiança?
Rui Ramos, OBSR
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