O PSD precisa realmente, é de reconquistar o país, voltando a demonstrar merecer a força que em tempos este já lhe deu, da óptica nacional, este debate torna-se estéril. Sobretudo, quando historicamente qualquer português sabe que o “target” eleitoral que fez do PSD o grande partido que é, nunca foi verdadeiramente nem o de direita nem o de esquerda, mas sim o de centro.
Ora a ser assim, e é, aquilo que os candidatos à liderança do partido necessitam realmente de explicar ao país, é no que é que o projeto por si liderado se distingue com clareza das políticas executadas pelo actual executivo. E aí, uma vez mais, é notório que o país continua manifestamente pouco esclarecido. Admite-se neste ponto, que alguns possam defender que esse trabalho fica para mais tarde e a cargo exclusivo do líder eleito quando se candidatar a primeiro-ministro. Mas será assim? Ou deverá ser assim? Crê-se que não. Os portugueses estão ávidos de novos projectos, de novas linhas governativas. E a possível identificação com elas nasce no momento destas candidaturas, muito dificilmente depois.
A verdadeira mudança que o PSD tanto apregoa representar não pode ser um mero exercício de “manicure”. Para ser credível tem que ser profundo!
Ora o PSD é, neste momento, o partido que maior obrigação tem de mudar esta realidade. Há uns anos, um dos lemas do partido era ser aquele que continha o que de melhor havia na sociedade civil. Hoje será? Onde anda esse lema? Linhas concretas, onde anda a sociedade civil em ambas as candidaturas que agora vão a votos?
Certamente de novo alguns, e compreensivelmente poderão dizer: “Calma! Agora são as eleições internas e depois logo aparecem as equipas”. Novo erro. Já devia haver sangue novo presente, mesmo que por ventura cargos e lugares ainda não estivessem distribuídos. Pessoas novas, novas caras, não só carreiristas políticos mas cidadãos de reconhecido mérito que assim acrescentassem valor ao partido e que capitalizassem a atenção da sociedade. Renovação não é outra coisa senão isto! E isto não se está a verificar! Portanto, em segundo lugar, a renovação dos partidos tem de ser física e não apenas na base da “conversa fiada”.
A manifesta incapacidade do PSD em comunicar com o país. A manifesta incapacidade de explicar ao que vem, porque vem, o que quer, como quer, porque quer e para que quer. É que nos últimos anos ninguém neste país percebeu o comportamento do PSD, e é expectável que esta realidade assim se mantenha.
Hoje, em Janeiro de 2018, o PSD continua como em Dezembro de 2017, um partido sem dinâmica. Falta chispa, falta garra, falta determinação, falta arrojo, falta vigor, falta alma, falta uma identidade própria que represente uma verdadeira mudança para futuro do país, país esse, que dela está sedento.
(excertos do artigo de Rodrigo A. Taxas, Ji)
1 comentário:
Pior
Marcelo quando disse
estava lúcido
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