I - Não sabemos quando a seca vai terminar.
“O Alqueva corre o sério risco de não ser utilizável já a partir de 2019"
Os partidos estão estado de negação sobre a seca em Portugal. E nem falam da
Os partidos estão estado de negação sobre a seca em Portugal. E nem falam da
única solução: ir buscar água ao mar, acusa o empresário José Roquette.
Para além das alterações climáticas, outra das suas preocupações atuais é o efeito dos populismos, seja na política, no futebol ou na banca.
Na Península Ibérica tem havido um decréscimo de precipitação anual.
Só faz sentido ter barragens se elas poderem encher. A situação a Norte é um bocadinho melhor, mas não é muito melhor do que abaixo do Tejo. Mas o que é preciso é entender que o problema é mesmo a entrada da água. Nas suas nascentes, o Douro e o Tejo já secaram.
Face a esse cenário, o que é que se pode fazer?
Se não chove, só há uma alternativa: é ir buscar a água onde ela está, que é o mar. E em Portugal falar de dessalinização é uma coisa que ainda está lá por trás do sol posto, ignorando que a Espanha é o quarto país do mundo na produção de água dessalinizada. A Espanha tem mais de 700 dessalinizadoras instaladas que, só por si, produziriam água utilizável para Portugal inteiro. Aqui em Portugal, que eu saiba, temos uma muito pequenina em Porto Santo. Mas o que não existe é a perceção... é que podia dizer-se: "Talvez para o ano". Mas esta questão não se põe, é o tal estado de negação.
II - "O problema demográfico e da produtividade não se resolvem espontaneamente"
Tem que haver políticas", insistiu a responsável aos deputados, referindo que não há em Portugal nenhuma investigação nesta área e que os modelos de outros países não poderão ser simplesmente replicados.
"É preciso muito mais trabalho estrutural", sublinhou.É necessário, de acordo com a economista, antes de mais, vontade em reconhecer o problema, e "não interessa de quem foi a culpa", diagnosticá-lo e procurar soluções.
"Os problemas não são insolúveis e nós já mostrámos que somos capazes de resolver os problemas e o nosso problema é mais o médio longo prazo e não o simples curto prazo", disse a economista, destacando, pela positiva, o facto de a retoma não ter sido acompanhada do agravamento do défice externo, "tendo antes assentado em grande parte no comportamento favorável das exportações".
Teodora Cardoso, NM
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