Há momentos na vida de uma nação em que, de repente ou gradualmente, se tem a sensação de que o recuo é curto e de que o recurso é cada vez menor. Que tudo tem falhado. A justiça, o diálogo ou a decência humana.
António Barreto, DN
Nota: Numa área, especialmente, a falta de recurso é assustadora. A falta de justiça é aterradora. Os imediatos apelos à justiça privada são o anúncio do pavor. As tentações da justiça pelas próprias mãos são sinais de desespero e de inferno à vista.
O pior da corrupção, privada ou pública, partidária ou empresarial, é que cada vez menos há recuo. Ainda se pensa em justiça, sobretudo com processos de inédita dimensão e inimaginável gravidade. Mas quando chega a vez de a própria justiça falhar ou se sentar no banco dos réus, então sente-se o frio nas costas, o arrepio do abismo: não há recurso nem recuo!
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