A vida está cada vez mais difícil, na saúde, para quem não tem dinheiro para recorrer a unidades e serviços privados. Neste ponto justifica-se a preocupação da ministra Marta Temido.
Mas estranha-se ela não enfrentar o grande problema do SNS: o seu subfinanciamento, agravado com as cativações de despesa do ministro das Finanças. É o resultado de o equilíbrio das contas do Estado, cumprindo as metas de Bruxelas, ser conseguido, não por reformas que poupem custos, mas por limitações não racionais a despesas indispensáveis no domínio da saúde.
A ministra tem todo o direito de fazer uma opção ideológica de esquerda. Mas não pode ignorar a realidade. E esta é que as restrições à contratação de profissionais de saúde, bem como à compra e à própria manutenção de equipamentos de diagnóstico e tratamento estão a matar o SNS. Quem sofre são os pobres, algo que não é próprio de um governo que se diz de esquerda.
( Excertos do artigo de Sarsfield Cabral, RR)
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