Há o Marcelo institucional, amigo da distensão, do «regular funcionamento», e do governo.
Há, é verdade e ainda, o Marcelo que se enreda e tropeça nos fios da própria meada, como no caso da substituição da Procuradora-Geral
E há o Marcelo das selfies e dos afectos, o Marcelo que abraça e beija, mergulha nos oceanos e nos rios, e se embrenha no bosque para arrancar com vigor eucaliptos.
Os discursos oficiais de Marcelo são isso: mudar para não termos que mudar demasiado. E foi uma pena que comentadores e jornalistas não os tenham lido como um corpo.
No PSD ou não está ou não se vê. No CDS, é conforme os dias. E mesmo estando num deles ou em ambos, dá-se ainda o caso de que insistiriam em que continuasse dispersa. Quanto à Aliança parece-me demasiado velha – mas é preconceito meu, certamente. E da Iniciativa Liberal recordo apenas que havia entre os fundadores um socialista – mas é ignorância minha, sem dúvida
Nesta mistura de omissões, intermitência e tonterias só há uma entidade com um ideário e um discurso político público e estruturado: o Presidente da República, Marcelo, o conservador, o propugnador do que está, o defensor do sistema.
( Excertos do artigo de José Mendonça da Cruz, hoje no OBSR)
Sem comentários:
Enviar um comentário