«No meio disto, há outros protagonistas políticos a quem a situação do PSD não pode ser indiferente. Desde logo, o Presidente Marcelo, a quem não interessa ser transformado em rainha de Inglaterra, como seria inevitavelmente o caso depois de uma vitória do Partido Socialista com maioria absoluta. Uma geringonça ainda lhe permite uma intervenção regular. Mas uma maioria monocolor seria um desastre para quem gosta de intervir. Por isso mesmo e pelas suas funções institucionais, ninguém deve estranhar que Marcelo ouça os protagonistas do confronto social-democrata, visto que se trata do maior partido nacional e de um eixo estruturante da nossa vida democrática.»
Eduardo Oliveira e Silva, Ji
Aparentemente, quem mais tem a lucrar é António Costa. Assiste de poleiro às convulsões sociais-democratas, numa altura em que já está numa campanha eleitoral frenética, prometendo obras e mais obras, embora já se saiba que a seguir vai mandar para a Europa o ministro que se prestou a dar a cara por tanta patranha. Costa é um político habilidoso e cheio de sorte, mas agora pode ter-lhe tocado a taluda. Pelo menos assim parece, embora haja a considerar que a política é um jogo sem regras e sem vencedores virtuais no qual num instante tudo muda.
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