«António Costa não consegue disfarçar a irritação com o Tribunal de Contas. Em tempos, foi o Conselho das Finanças Públicas, já tinha sido o Banco de Portugal, que o Governo pressionou de várias formas e sentidos, até a condicionar a nomeação de administradores, agora é o Tribunal de Contas. É fácil estar sentado no gabinete, dois anos depois, a analisar a forma como o fundo Revita foi gerido. Foi o que disse o primeiro-ministro numa entrevista, esta sexta-feira, à Rádio Observador. É o que pensa o primeiro-ministro do que fazem os juízes do tribunal que tem de avaliar a execução de dinheiros públicos ou de instituições públicas. Estamos conversados.»
António Costa, ECO
Pelos vistos, o Estado (ou, sem eufemismos, o Governo) que falhou de forma grave em 2017, com dezenas de mortes, pode, depois, gerir o dinheiro público como lhe apetece, sem escrutínio, sem cumprimento de regras. Porque é que não nos surpreendemos? O que nos diz o Tribunal de Contas? São 15 os “cartões vermelhos” que resultam da auditoria realizada pela entidade liderada pelo juiz conselheiro Vítor Caldeira, sendo que a maioria resulta dos ”défices de transparência” na atribuição dos mais de sete milhões de euros de apoios às populações de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. Mais: Vem confirmar o que vemos e ouvimos nas reportagens da TVI sobre o caso, e as dúvidas (ou certezas?) de que o dinheiro foi dado a quem dele não precisava.
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