Numa democracia representativa é normal que os partidos estejam no governo. O problema é que estão, e muito, só que da maneira errada. O modo como estão é o controlo de lugares e nomeações, a distribuição de recursos que são de todos para os "seus", a utilização da administração pública para servir os interesses pessoais, de grupo, económicos e a corrupção.
E não estão onde deviam estar: os partidos, numa democracia, deviam transportar para a governação o seu modo de ver o mundo, as suas ideias e programas, os seus think tanks, porque numa democracia os eleitores escolhem por uma "parte" e não esperam apenas por uma "boa governação", o que é quase sempre uma emanação da tecnocracia que acha que sabe melhor do que ninguém, a começar pelos políticos eleitos, como se deve governar. Numa democracia os partidos governam com sentido, num sentido, numa direcção, e isso deve implicar ideias sobre os impostos, os gastos, o peso e funções do Estado, o modo de organizar a Saúde, a Educação, os Negócios Estrangeiros, a Segurança.
José Pacheco Pereira, Sábado
Sem comentários:
Enviar um comentário