O “leopardo” é, naturalmente, Pedro Passos Coelho.
Era possível defender que este é mais um exemplo da crescente infantilização de uma parte da classe política portuguesa. Afinal, já tivemos um ministro a fazer corninhos no parlamento e um primeiro-ministro a responder a um deputado “Manso é a tua tia, pá!” — portanto, ninguém deveria ficar verdadeiramente espantado por esta utilização do argumento “Pai, não fui eu!”. Mas, na realidade, isso não é o mais importante. O que realmente provoca espanto e fúria (para quem for dado a esses sentimentos) é outra coisa: o primeiro-ministro tem-nos em tão pouca conta? António Costa acha mesmo que alguém acredita, por um minuto que seja, que o seu gabinete tem 11 motoristas por culpa de Pedro Passos Coelho? Mais e pior: se actua desta forma perante um assunto tão irrelevante como a existência de 11 motoristas, que outros “leopardos” inventará o primeiro-ministro para nos iludir sobre assuntos realmente importantes?
Eis que, quando, numa entrevista ao Público, o confrontaram com os baixos números do investimento público, Mário Centeno defendeu-se assim: “O investimento não é como o Anita Vai às Compras, não vamos com o Pantufa, com um cesto, comprar investimento”.
Anita, Pantufa, leopardos imaginários — estamos reduzidos a isto. (ora leia o artigo completo e ... pasme.)
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