Com políticos que mudam leis em função do caso concreto e protagonistas judiciais que as aplicam em função dos egos e de entorses de conveniência, há uma convergência inaceitável de vontades para armadilhar o sistema judicial, pilar essencial de qualquer Estado democrático.
O problema é que a descrença no funcionamento do sistema abre portas a desesperados impulsos individuais e comunitários demasiado perigosos para a democracia. Se o juiz decide o momento de uma investigação em função do ofuscar do processo de um outro juiz, por que razão não pode o cidadão enveredar pelo olho por olho? É miserável, mas é o sinal que alguns protagonistas do sistema induzem para a sociedade.
Enquanto o vírus Covid-19 se dissemina, a epidemia da falta de vergonha na justiça sinaliza um nível de consolidação que deveria suscitar um levantamento popular.
Quem guarda o guarda? Quem salvaguarda os nossos direitos, liberdades e garantias?
(Excertos do texto de António Galamba, Ji)
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