Independentemente das fórmulas de financiamento, uma coisa é certa: a dívida de hoje será paga no futuro. Seja directamente de cada Estado, seja por via comunitária, estamos sempre a falar de impostos.
Paulo Ferreira, ECO
Foi há um ano que a TVI exibiu a série documental sobre a crise da dívida e os tempos da troika, de que fui co-autor com a Isabel Loução Santos. E nessa altura, quando chegou a hora de a baptizar, não tivemos dúvida sobre o título, afirmativo e definitivo: “A crise das nossas vidas”. Pois cá estamos nós a confirmar, mais uma vez, que a realidade sem encarrega de nos estragar os planos.
A crise das nossas vidas será esta que está a começar. E esta geração dos vivos no nosso país tem o raro e duvidoso privilégio de passar pelas duas maiores crises económicas em muitas décadas. (...)
Vai ser duro, vai ser feio. Na melhor das hipóteses, teremos uma recessão profunda, de alguns meses, e depois uma recuperação rápida. Mas esse cenário só será real se o receio de contaminação for afastado e os novos casos desaparecerem. Senão, mesmo com o levantamento futuro das medidas de contenção que hoje estão em vigor – e bem – as pessoas não regressarão à normalidade – nas viagens, nas saídas, no entretenimento, no consumo. E essa parte fundamental da economia continuará desaparecida. São os cientistas e os técnicos que vão decidir. (ler texto completo)
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