sábado, 13 de junho de 2020

São Dias Sombrios, Estes.

É hora de recusar quer a loucura abismal que se precipita na inaceitável violência, quer a intolerável destruição do Belo e da História em nome de um qualquer progresso incauto.

São dias sombrios, estes. Dias que a América vai vivendo a ferro e fogo, dias em que o mundo ocidental, o mundo das Nações Iluminadas que Pombal mobilizava como referentes indispensáveis do seu progressismo despótico, se lança na vertigem alucinada da violência física e simbólica, da indecência e do anacronismo ignóbil.

O homem é comunicação. O que significa que o homem só o é quando vê, quando vê verdadeiramente, o outro. Só quando o eu se abre ao outro, pela janela da palavra, se pode des-cobrir por inteiro. O homem medeia, portanto, tanto o mundo que habita como o outro, com quem coabita, pela palavra.


O simbólico é esse veículo de libertação da clausura do presente, porque o simbólico é, ou é também, memória, que é a história convertida em sonho lúcido. E só consciente da história, da sua história, pode o homem poupar-se a ser dissolvido pela vertigem do agora.
O homem, quando estilhaça aquela janela, ferindo o outrofere-se a si próprio, porque fere a ideia mesma de Homem. E, cá está, a ferida, o estilhaçar da janela, é mediado (serve-se de como meio) pela palavra. O simbólico, que ali era abertura e des-coberta do homem, volve-se num punhal cuja lâmina rasga a possibilidade mesma do Homem.
O homem ocidental, que vive do simbólico, do simbólico que é memória e, portanto, história, converteu parte dessa história em instituições destinadas a perdurar no tempo. São parte da tal transcendência do homem. São porções de história que levam como missão a delimitação das possibilidades do presente, que é sempre, mas só aparentemente, espaço de re-invenção ilimitado.
Essas instituições merecem o nosso respeito. (ler aqui artigo completo)
João Roque Branco, OBSR
E Tudo O Vento Levou
Os que agora vandalizaram a estátua de Winston Churchill, não teriam podido fazê-lo se este primeiro-ministro inglês não tivesse ganho a segunda Guerra Mundial. (P. Gonçalo Portocarrero de Almada OBSR)

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