Estas últimas duas décadas ficaram marcadas pela subida estrondosa da dívida pública oficial e oficiosa, ou seja, aquela que ainda ai vem.
Os projectos economicamente inviáveis ou as más decisões políticas custaram ao país dezenas de milhões de euros, sem que qualquer tipo de responsabilidade fosse efectivamente apurada.
Olhando para trás não se consegue vislumbrar um único projecto onde o contribuinte português fique a ganhar. A este apenas lhe são exigidos cada vez mais impostos, sem garantia da boa gestão dos dinheiros públicos. A ausência de responsabilização da gestão do bem público e escasso, como o dinheiro, tornou-se banal, talvez pelo descrédito e morosidade da justiça.
Considerando a dimensão destes números, a incerteza que paira sobre o sector financeiro, nomeadamente a fragilidade da sua estrutura de capitais tendo em conta os efeitos da pandemia, bem como o custo anual crescente dos encargos, temo que este será um buraco que irá passar para o contribuinte.
Continuamos a adiar a resolução de problemas, desta vez com a ilusão que os fundos europeus irão apagar a má e muitas vezes conflituosa gestão pública. Resta saber até quando.
(Excertos do texto de Pedro Lima, JE)
Sem comentários:
Enviar um comentário