As declarações políticas desta semana do Presidente da República e do primeiro-ministro bem podiam ilustrar um compêndio da pura arte de formular um jogo de espelhos e simulações, onde o país não passa de cenário decorativo.
E o comentariado feito de tantos assalariados do regime, regra geral, atem-se à notícia e raramente à desmontagem da contradição ou do equívoco entre o dito no presente e o dito no tempo recente.
Fica-se assim entre a névoa do que pensam verdadeiramente os principais titulares de órgãos de soberania, face ao quadro de crise grave que o país atravessa e aquilo que neles é apenas a palavra dirigida aos públicos específicos e interesses de grupo, ou ao desígnio de declaração táctica paras salvaguarda e manutenção no poder.
Convidam-se os portugueses a aproveitar a próxima oportunidade para mudar de governo e a pergunta será então por que razão a Assembleia da República não é dissolvida na coerência da afirmação?.
A experiência constitucional exibe a dissolução ditada pelo Presidente Jorge Sampaio, existindo um quadro maioritário e quando, face aos tempos que vivemos, a situação político-governativa do país, nem de perto nem de longe tinha a gravidade actual. (ler texto completo)
Carmo Pinto, Ji
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