Antre tamanhas mudanças,
que cousa terei segura?
que cousa terei segura?
Duvidosas esperanças,
tão certa desaventura…
Venham estes desenganos
do meu longo engano, e vão,
que já o tempo e os anos
outros cuidados me dão.
Já não sou para mudanças,
mais quero üa dor segura;
vá crê-las vãs esperanças
quem não sabe o qu’aventura!
(Bernardim Ribeiro)
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