Temos assistido nos últimos tempos ao que considero ser um apogeu na capacidade de disfarçar as profundas fragilidades nos meios e tecnologias ao dispor dos serviços públicos. Esperaria que o ministro da tutela reconhecesse a fragilidade dos sistemas de segurança ferroviária logo após o acidente que causou vítimas mortais e que envolveu o comboio Alfa que liga Lisboa ao Porto. Pelo contrário; veio enaltecer essas capacidades e descansar os utilizadores, refugiando-se na desculpa do erro humano. Será certamente aflitivo pensar no que sentiram, ao escutarem essas declarações, os familiares daqueles que confiando no sistema perderam a vida.
Só reconhecendo os erros e as fragilidades é possível evoluirmos. Enquanto, por cobardia ou vício de mentira, o Governo continuar a insistir que está tudo bem, dificilmente as fragilidades são corrigidas e o país evoluirá. É evidente que o governo não entende a fragilidade de meios com que o sistema de saúde a nível nacional se depara, tal como não entende que o melhor que o sistema de saúde tem, assenta precisamente na qualidade, na dedicação e no esforço que os profissionais de saúde entregam à sua missão. É tão evidente por esse país fora a entrega dos profissionais em ambiente de fragilidade de meios e falta de investimento por parte do governo central.
As calúnias proferidas pelo primeiro-ministro aos médicos são para além de muito injustas, bem demonstrativas da falta de respeito pelos profissionais que se dedicam a salvar vidas, colocando muitas vezes a sua própria em causa.
Estamos muito mal entregues ao governo socialista que de socialista nada tem.
Esperemos que o povo acorde e perceba que tem razão quando diz que “quem muito fala pouco acerta”.
Eduardo Baptista Correia, Ji
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