quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Há Muito Atabalhoamento No Governo

 António Costa não esteve presente no Parlamento na discussão sobre a declaração do estado de emergência. Não se sabendo o motivo, tem de se partir do princípio de que não compareceu por opção política. Delegou o assunto no ministro da Administração Interna, como se fosse um mero tema de intendência policial. O procedimento foi incompreensível do ponto de vista democrático. António Costa tem cultura e pergaminhos democráticos mas, pontualmente, mostra um desprezo pelas normas da República que deveria merecer reparo, pelo menos do presidente da Assembleia da República. Mas Ferro guarda-se mais para falar grosso a quem se situe mais à direita.

Pedro Nuno Santos é um caso. Na semana passada, o putativo candidato à posição de sucessor de António Costa tinha feito saber que estava a preparar-se para dizer umas coisas com a sua voz tonitruante no PS, uma vez que a matéria eram as presidenciais. Os jornalistas estavam ansiosos e, afinal, nada. Santos faltou ao secretariado nacional, do qual é membro. Faltou também à comissão política, tendo sido o único membro do secretariado a primar pela ausência nesse órgão. Só participou via Zoom na comissão nacional, por estar em teletrabalho. Entradas de leão…

Há muito atabalhoamento no Governo, mas isso já todos sabemos e ficou mais uma vez provado pelos avanços e recuos e pelas ruturas à vista na saúde e na segurança social. A propósito: de onde saíram os números segundo os quais é no convívio familiar que mais se é contagiado? E os que dizem que não há evidência de que se possa ser contaminado em transportes públicos? Digam lá de onde, s.f.f.

(Excertos do texto de Eduardo Oliveira e Silva, Ji )

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