segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Notas Soltas

 O PS não foi às presidenciais para evitar uma derrota que lhe ficaria colada no meio de uma crise de saúde e económica e social. Mas se há derrotados nestas presidenciais são mesmo à esquerda, o BE e o PCP, que foram a jogo e tiveram menos somados do que o Chega.

André Ventura chegou aos dois dígitos com um discurso simplificado e populista, que colheu apoio dos mais afetados pelas crises sucessivas dos últimos 20 anos (para não ir mais longe). O líder do Chega veio para ficar e tem tanta mais força quando mais incompetentes forem os partidos moderados à esquerda e à direita.

Ana Gomes garantiu o segundo lugar, foi a mulher com melhor resultado, ganhou a Ventura, mas perdeu. Ficou longe de outros independentes da área socialista, como Sampaio da Nóvoa. E os votos que captou não são de Ana Gomes, voltam à origem já hoje.

Tiago Mayan Gonçalves cristalizou a afirmação dos liberais num país estatizado, e as diferenças em relação aos populistas do Chega, e conseguiu explicar, em dois ou três momentos da campanha, que há mitos que não resistem a uma boa explicação, particularmente a de que os liberais querem o fim e a extinção do Estado. E nos distritos de Lisboa e Porto registou mais de 4% dos votos.

António Costa, ECO 

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