Numa altura em que nos tiram quase tudo, em parte resta-nos a liberdade de pensamento. Contudo, mesmo esta se encontra claramente ameaçada, num momento em que nos tiram o acesso aos livros. Se já é certo que os serviços noticiosos nos dão as notícias que decidem, nos termos e nos timings escolhidos por eles, restava-nos aquilo que Kafka tão bem referiu ser “o machado que quebra o mar gelado em nós”. Por mais que se diga o oposto, não pode haver maior perigo na aquisição de um livro do que de uma peça de fruta ou de um amaciador num qualquer supermercado. (Rita Garcia Pereira, J Económico)
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