O processo científico que levou ao desenvolvimento de vacinas num período tão curto provocou, desde o início, uma enorme admiração mundial, mas abriu a porta a alguma desconfiança que não pode ser deixada à mercê de teorias irracionais.
Manter a confiança na vacina é tarefa primordial. Neste momento, reforçar os cuidados, voltar a avaliá-la e despistar os casos suspeitos detetados em todo o mundo é o melhor a fazer. Para Portugal, a suspensão desta vacina tem consequências potencialmente dramáticas, e é suscetível de atrasar a imunidade de grupo.
Mas nada seria pior do que quebrar o elo de confiança entre a população e as vacinas. Estiveram, por isso, muito bem as autoridades de saúde ao decidirem agora decretar esta pausa, ao contrário do que aconteceu quando deixaram alguns portugueses mais idosos tomarem esta vacina, visto que a recomendação inicial apontava para a salvaguarda dos mais velhos. Que a ciência volte a falar. Esta volta a ser a sua hora.Carlos Rodrigues, CM
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