Decorre neste preciso momento a extinção generalizada dos chamados “muros chineses” que separam os poderes do Estado moderno, aqueles que a República sempre defendeu com unhas e dentes, suor e lágrimas: a separação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Verdade seja dita, já há muito que os eleitorados suspeitavam de um possível conluio entre as elites partidárias: sendo as massas deslavadas mas não cegas, não é difícil para nós fazermos um simples cross-check entre os nomes de antigos governantes, parlamentares e outros políticos de polos alegadamente opostos, e as “guestlists” dos vários conselhos de administração de empresas outrora públicas, “clubes” restritos e outros lugares confortáveis, que representam uma pré-reforma muito atrativa depois de uma vida cansativa de incessível representação de todos os interesses neste país – menos os dos Portugueses.
Os poderes executivos das ditas democracias ocidentais estão cada vez mais próximos dos regimes ditatoriais que os nossos representantes sempre criticaram.
Em relação ao último poder, o judiciário,escreveu-se nestas últimas semanas duras críticas, melhores do que as minhas, aos escândalos das nomeações europeias, aos abusos policiais, à suspensão e censura de juízes e o resto de política de terra queimada contra todos aqueles que não se metem na fila deste matadouro de liberdades orwelliano.(ler texto completo)
José Maria Alvares, OBSR
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