domingo, 16 de maio de 2021

A Frase

 Se a reforma for aprovada nos moldes atuais, o CEMGFA “passaria a ser o comandante estratégico, o comandante operacional e o comandante tático”. “Até ‘curto-circuitando’ os comandantes dos ramos, que são os chefes maiores dos próprios ramos, da Marinha, do Exército e da Força Aérea”    (Almirante Melo Gomes OBSR)

Melo Gomes alertou que o modelo que se pretende implementar em Portugal “é único” [concentração de poderes nos três ramos das forças armadas ], dizendo conhecer bastante bem várias reformas das Forças Armadas no âmbito a NATO e da União Europeia. “Este modelo não coincide com nenhum daqueles que eu conheço”, apontou, lamentando que a opinião pública esteja habitualmente afastada das questões de defesa e segurança nacional.

2 comentários:

Anónimo disse...

Em português: O CEMGFA gastaria os orçamentos das FA completamente a seu gosto, sem contra-poderes, sem ter que dar explicações a ninguém.
Escolheria aviões, barcos, carros de combate, ou (condições do) pessoal, de forma plenipotenciária, como exclusivo representante dos civis no governo, sendo que estes também têm os seus interesses nas decisões de compra.
Agora, por enquanto, o CEMGFA ainda tem que apaziguar os inreresses de três camaradas de armas....

Anónimo disse...

A Estrutura de cooperação militarizada da UE, (PESCO), organizada e dirigida obviamente pela Alemanha, tem já cerca de 46 projectos em andamento....
(Tudo observado com muito interesse pela Turkia que, sabe-se lá porquê, gostaria de ser entidade extrangeira "convidada". Só que o contencioso Chipre, Grécia, Turkia, não ajuda.)
Até que ponto estes projectos militares, alguns com 24 outros com os 27 Países da UE, e outras iniciativas de caracter militar, com vista à formação das "Forças Armadas da União Europeia", explicam esta iniciativa, aparentemente insólita, do governo português -sempre muito pró UE- em "reorganizar" as hierarquias das FAs nacionais?.
Este curioso emaranhado de interesses militares, por dentro da UE, foi um dos mais ponderados argumentos durante o pré-Brexit e ambos os lados da Mancha.
A sensível diminuição de poder militar na UE fez com que esta perdesse poder de persuasão na área diplomática. Assim sendo, urge fazer qualquer coisa. Uma bazuca, genuinamente militar?.