No próximo dia 28 de Maio os militantes do PSD terão oportunidade de decidir o futuro próximo do partido escolhendo entre duas alternativas dignas, mas não particularmente entusiasmantes: Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva. Poderiam ser umas eleições internas relativamente banais e desinteressantes se o PSD não enfrentasse actualmente uma verdadeira crise existencial com a qual o próximo líder, seja ele quem for, terá necessariamente de lidar. (André Azevedo Alves, OBSR)
A notória tendência de fragmentação da direita a que temos assistido em Portugal – aliás em linha com com o padrão mais comum no resto da Europa – faz com que a capacidade de o próximo líder do PSD federar e liderar várias sensibilidades e tendências diferentes no espaço do centro-direita vá ser um factor decisivo para o seu sucesso. Nem Montenegro nem Moreira da Silva parecem, para já, líderes especialmente mobilizadores, ainda que Montenegro tenha a seu favor um perfil mais combativo e uma experiência parlamentar mais profunda.
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