Em décadas, transformámos os remediados em fustigados pela carga fiscal enquanto se afirmam as contabilidades criativas de quem mais ganha e dos que lucram com o funcionamento do mercado, as opções políticas e as insuficiências do Estado, na sua ânsia de acorrer a tudo em vez de ser eficaz no que combate a desigualdade e gera coesão e oportunidades, em todo o território nacional.
Viver o fim de um tempo é o normal no devir da história, mas custa constatar tanta incapacidade para perceber o modo e a circunstância.
Uma maioria absoluta em que não há uma visão estratégica integrada, em que a coordenação política é um logro, em que os protagonistas estão mais focados nas agendas pessoais e na marcação aos outros do que na gestão global do país, em que não se desenleiam das teias da burocracia e das quintinhas para afirmar uma capacidade concretizadora. A bandalheira em que o atual Presidente do Brasil transformou uma cerimónia oficial com a presença do homólogo português envergonha qualquer ser civilizado. Não há história ou relação entre povos que não precise de valores e princípios. Há coisas que já não conseguimos reescrever, mas sobre o presente e o futuro terá de ser esse o caminho. Marcelo presta-se a tudo e a ser figurante, num miserável espetáculo. (António Galamba,Ji) (ler texto completo)
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