terça-feira, 8 de novembro de 2022

A Frase (253)

Era conveniente que o primeiro-ministro clarificasse os seus eleitores sobre se de facto não lhe levanta os pelos da nuca que alguém a caminho do banco dos réus possa tomar decisões em nome dos portugueses. Mesmo que o intuamos pelas reiteradas palavras de confiança a cada um dos seus governantes-arguidos. "Se não confiasse, não estaria como membro do governo."     (Joana Petiz, DN)

A quantidade de casos de justiça em seis anos de governo (e as tentativas de contratação milionárias levadas a cabo por governantes, os familygates e os inúmeros episódios que não chegaram ainda à barra do tribunal) devia, no mínimo, tirar o sono a António Costa. Julgar-se-ia suficiente para pôr o primeiro-ministro a pensar se será demasiado crédulo naqueles que escolhe para o rodearem ou se apenas atrai o azar. Ainda mais quando aquele que elegeu para seu braço direito na maioria absoluta - em quem já se apoiara como adjunto quando foi número dois de Sócrates e, mais tarde, quando liderou a Câmara de Lisboa - vem para o governo já na condição de arguido. 

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