A democracia, em flagrante recuo no mundo, deixa de ser aspiração ou disfarce para povos e Estados. Cada vez mais confinada ao Ocidente, a vocação universal dos direitos humanos recua todos os dias. Os novos grandes poderes deste mundo declaram mesmo que a democracia e os direitos humanos são apenas tradições de uma pequena parte da humanidade. (António Barreto, Público)
Estados, nações, povos, classes sociais, partidos e empresas estarão, dentro de poucos anos, em posição bem diferente da que conhecem hoje. São verdadeiras placas tectónicas em movimento.
Os Estados Unidos perdem, já não são a nação hegemónica.
A Europa, sempre invejável, já só tem protagonismo se for parte do Ocidente, ao lado dos Estados Unidos. O mundo bipolar da Guerra Fria está longe de nós. Apesar de garantir um lugar no novo mundo fragmentado,
a Rússia perde, não sem estrebuchar, deixando o planeta suspenso.
A brutal invasão da Ucrânia é o mais recente feito da barbárie que julgávamos afastada. Graças ao seu esforço,
a China ganha, ajudada pelo Ocidente que lhe deu as bases para uma posição invejável.
O Japão, atá há tão pouco tempo uma potência ascendente, estagna e pesa pouco.
A Índia, pelo contrário, surge no horizonte com cores de novo poder. No Próximo Oriente,
Israel treme nos seus fundamentos, enquanto
Estados islâmicos poderosos se preparam para uma nova era militar e financeira. Outras nações, africanas e asiáticas, querem garantir pelo menos um lugar de acessório indispensável. Mas toda a gente percebe que está tudo em causa.
Drama é o termo mais tranquilo. Tragédia é mais provável. (continuar a ler aqui)
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