Considerações judiciais à parte, a tragédia (ou comédia) governativa a que temos vindo a assistir parece-me ser apenas a consequência última do estilo de política económica messiânica e dirigista preconizado pela maioria socialista (e, admitamos, entranhado na essência do nosso pensamento governativo já desde os bafientos tempos salazaristas, para não ir a séculos mais distantes. (Pedro Alexandre Jorge, ECO)
Por muito boas que sejam as intenções de toda a comitiva socialista, está na hora de percebermos que o tipo de política económica por si preconizada, conjugada com o fraco enquadramento institucional português, leva inevitavelmente ao compadrio, aos negócios obscuros e à necessidade destes “empurrõezinhos” típicos do dirigismo burocrático estatal. Leva também, como se vai suspeitando, a que “os piores cheguem ao topo”, como bem alertou Hayek há 80 anos.
Uma taxa de imposto transversalmente mais baixa, livre desta e daquela exceção, deste e daquele “memorando de entendimento”, seria não só mais adequada às nossas permeáveis instituições, como também, ao contrário do que afirmam os socialistas, muito mais justa.
Sem comentários:
Enviar um comentário