Como conjugar partidos que todos os dias se fulminam uns aos outros com as pragas do Antigo Testamento? Talvez seja difícil, neste momento, que coexistam num governo, ou até numa maioria parlamentar. (...)
É verdade que o PSD, a antiga frente eleitoral das direitas, não está no fim: ainda teve o dobro dos votos do Chega e da IL juntos. Mas já não consegue descolar do PS, como antes fazia quando “o ciclo político” mudava.
O PS, entretanto, não parece capaz de aproveitar o colapso em marcha do BE e do PCP. A esquerda recuou em Portugal. Uma governação dependente de rotinas socialistas ou de consensos com o PS, que só podem significar uma perigosa estagnação.
Portugal não deve precipitar-se em aventuras, mas também não pode ficar parado: deve e pode começar a mudar. É essa a responsabilidade histórica dos partidos da direita.
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