sexta-feira, 14 de junho de 2024

A Frase (135)

 Estamos na mesma, ao contrário da França? Não. Estamos apenas a fingir que estamos na mesma. Comparem as europeias de 2019 com as de 2024. Tudo mudou. Há apenas quem não queira ver.   (Rui Ramos, OBSR)

Deixemos o futebol partidário. Que significa isto para o país? Os socialistas já não podem governar, mas não haverá um governo capaz de ir além do sistema socialista de distribuição estatal de benefícios, a não ser através de um arranjo entre as direitas. 

Como conjugar partidos que todos os dias se fulminam uns aos outros com as pragas do Antigo Testamento? Talvez seja difícil, neste momento, que coexistam num governo, ou até numa maioria parlamentar. (...)

É verdade que o PSD, a antiga frente eleitoral das direitas, não está no fim: ainda teve o dobro dos votos do Chega e da IL juntos. Mas já não consegue descolar do PS, como antes fazia quando “o ciclo político” mudava. 

O PS, entretanto, não parece capaz de aproveitar o colapso em marcha do BE e do PCP. A esquerda recuou em Portugal. Uma governação dependente de rotinas socialistas ou de consensos com o PS, que só podem significar uma perigosa estagnação. 

Portugal não deve precipitar-se em aventuras, mas também não pode ficar parado: deve e pode começar a mudar. É essa a responsabilidade histórica dos partidos da direita.

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