Cuidar dos cidadãos imigrantes é uma questão de dignidade e de humanidade. Já o cuidar de imigração é uma questão de planeamento e de definição de política pública para o sector. (Luís Parreirão, JEconómico)
A capacidade que o país tem, e vai ter, para empregar cidadãos depende tão só do modelo de desenvolvimento que queremos ter em Portugal. Mas, infelizmente, esta parece ser a discussão a que todos fogem. (...)
Sem modelo económico, sem planeamento, sem o mínimo de rigor, todas as referências quantitativas podem estar certas ou erradas. Nunca saberemos se os imigrantes que chegam a Portugal por cá continuam, ou não.
Mesmo para aqueles que entendem que o mercado e as suas regras tudo resolve, convém lembrar-lhes que estamos a falar de pessoas e da sua dignidade enquanto seres humanos.
Se a nossa realidade demográfica nos vai conduzir a sermos um país de imigrantes, é fundamental não criarmos dois países, o nosso e o dos outros. Um país no qual todos os que aqui vivem cumpram a Constituição e as Leis. Um país no qual todos sejam iguais perante a administração e os poderes públicos.
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