Temos de dinamizar o sector do arrendamento para diluir esta disparidade que existe entre a população em propriedade e em arrendamento. O arrendamento não pode ser o recurso de quem não consegue aceder à propriedade. E dinamizar o sector do arrendamento não implica necessariamente mais construção. Implica que o conjunto de pessoas que têm segundas residências ou um conjunto de alojamentos vagos, possíveis de serem reabilitados, entre no mercado de arrendamento de longa duração. (Alda Botelho Azevedo, Fundação)
Há vários estudos que relacionam a taxa de emprego com a taxa de propriedade, porque efectivamente é mais fácil celebrar e dissolver contratos de arrendamento do que comprar e vender casa. Teoricamente, uma maior percentagem da população em regime de arrendamento corresponderia também a uma maior mobilidade residencial.
Como na última década “não se construiu e reabilitou em Portugal” - pelo menos o suficiente -, “o país também não teve um mercado de arrendamento”, sublinhou recentemente Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), em declarações ao idealista/news. Na sua visão, é preciso “ter níveis de construção na ordem das 40.000, 45.000 habitações por ano” para que os preços das casas possam ser suportáveis pela generalidade dos portugueses.
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