Os partidos das extremas (direita e esquerda) estão encurralados pelos resultados das legislativas de 10 de março. O Bloco e o PCP porque lhes tiraram músculo, sob a forma de deputados, e o Chega porque o músculo é inútil quando o adversário insiste em deixá-lo sozinho no ringue. E quanto mais músculo, mais cansa dar socos no vazio. (Nuno Vinha, DN)
Luís Montenegro terá percebido desde muito cedo - e daí o “Não é Não” - que o partido mais responsável, o PS, não se poderia dar ao luxo de ser responsabilizado por uma segunda ascensão do Chega. O PS não pode fazer cair o Governo sem ter expectativas sólidas, matemáticas, de uma vitória das esquerdas em legislativas antecipadas. E André Ventura também não poderá ir tranquilamente para eleições antecipadas sob a ameaça de devolver o país ao PS, ainda por cima a depender da extrema-esquerda do Bloco e do PCP. O PSD de Montenegro solidifica o centro, que é quem faz ganhar eleições, e um Pedro Nuno Santos, agora mais cerebral, já terá percebido que é ali que fará caminho. Os não extremados estão de volta.
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