O momento que vivemos parece marcado por uma certa vertigem de mudança à escala global. Em Portugal, o país político, mais que o país real, parece querer antecipar o novo ciclo presidencial, inculcando, uns deliberadamente, outros por ingenuidade, uma certa ideia de presidencialismo, ideia a que a nossa constituição não dá guarida. Espero não vir a ver em Portugal a repetição do que se tem passado em França, isto é, votarmos contra o que não queremos e, não, a favor do candidato com o qual nos identificamos. (Luís Parreirão, DN)Na Europa, ao mesmo tempo que o ciclo da guerra levado a cabo com exércitos parece querer terminar, outras batalhas espreitam.
O ciclo de instabilidade afirma-se. A França está há quase um ano sem governo efectivo e a Alemanha, depois de vários tropeções, vai para um processo eleitoral sem expectativas de soluções estáveis.
A União Europeia entra, também, um novo ciclo.
Do mesmo passo os Estados Unidos da América entram num período simultaneamente de incertezas e de certezas, sendo que umas e outras são preocupantes.
Comunicamos muito, pensamos pouco e não agimos.
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