Este posicionamento não deixa de ser curioso, sobretudo, nos países mais desenvolvidos, com uma opinião pública mais atenta, pois faz transparecer a falta de consciência das consequências diretas de décadas de globalização que generalizaram o conceito de interdependência. Se, por um lado, os defensores das interdependências afirmam ser este o melhor caminho para a paz, porque incrementa as interações entre os vários países, por outro lado, os detratores da globalização veem nesta um sério ataque à soberania e às economias nacionais. (...)
O ponto de viragem ocorre quando algumas das economias menos desenvolvidas se tornam agentes de globalização e começaram a subir na cadeira de valor dos produtos sofisticados. A China é o protagonista mais reconhecido enquanto tal, mas países como a Turquia, a Índia, o Brasil e o México, por exemplo, pela dimensão da sua força de trabalho e dos seus segmentos de consumidores representam um novo desafio para a orgânica tradicional da globalização. (...)

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