São estruturas simbólicas, que recebem a sua força de expressão da tensão entre dois componentes, sendo que cada um deles teria menos força isoladamente.
Já na pintura das cavernas da era glacial se nota uma concepção dualística. Pares de opostos de todo o tipo podem ser a base de tais ordens bipolares: dia/noite, homem/mulher, vida/morte, Deus/diabo, Acima/abaixo, enxofre/mercúrio. A ordem do mundo baseada em sistemas dualísticos sempre novos tem um carácter claramente "arquétipo" e é difundida amplamente.
Não é fácil explicar a origem dessa tendência para ordenação de pares opostos. Pode-se supor que já no início da época tribal a experiência do Eu pessoal em relação ao mundo exterior conduzisse a uma divisão do cosmo.
Em muitas culturas que não conhecem a escrita, a sociedade é dividida em duas metades complementares, cuja motivação é o cunho religioso.
Na vida política da era moderna, nota-se com muita frequência a oposição entre dois grandes partidos e a política mundial regista a rivalidade entre dois blocos de força.
Esta visão do mundo em tese (englobando o eu) e antítese contém um dinamismo tão forte e raízes tão profundas que não se deixa resolver por nenhuma síntese real.
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