O Ministério da Educação quer pôr fim ao projeto Escola Móvel, que assegura atualmente a frequência escolar de cerca de uma centena de alunos, desde o 2.º ciclo até ao secundário, através do ensino à distância.
De acordo com informações recolhidas pelo Expresso, a responsável máxima da Direção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular, que gere este projeto, informou oralmente alguns dos professores da Escola Móvel, na passada sexta-feira, que transmitiram depois a informação aos alunos.De acordo com essas informações, a necessidade de reduzir custos será a principal explicação para a decisão, que apenas aguarda a publicação da respetiva portaria.
A Escola Móvel foi criada em 2005 e tem como público-alvo os filhos de profissionais itinerantes, que deixaram assim de ter de mudar de escola de cada vez que mudavam de terra. As aulas são "assistidas" pela Internet e os trabalhos enviados por email. Hoje, o projeto abrange ainda crianças e jovens em risco de insucesso e abandono escolar, nomeadamente de jovens apoiadas pela instituição Ajuda de Mãe.
No comunicado do ME pode ler-se:
A Escola Móvel surgiu como um projecto de ensino a distância, com recurso a uma plataforma tecnológica de apoio à aprendizagem de alunos filhos de profissionais itinerantes. O trabalho realizado até ao presente permitiu desenvolver uma matriz curricular e uma oferta formativa específica, acompanhada da produção de recursos pedagógicos, que resultam de um património de experiência profissional de um conjunto alargado de docentes, técnicos e parceiros, mas também de um considerável investimento financeiro (de orçamento de Estado e de fundos comunitários.(...). O ensino a distância é uma solução para alunos que não podem, por razões de diversa natureza, frequentar uma escola. Nesse grupo podem incluir-se os alunos itinerantes que têm usufruído da Escola Móvel.
O prosseguimento de estudos dos alunos que frequentaram a Escola Móvel é garantido pela matrícula em escolas da rede pública.
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