terça-feira, 5 de outubro de 2010

Alargar Os Horizontes Temporais

Alguns tecnocratas padecem de miopia. Possuem um instinto que os leva a pensar em recompensas imediatas e consequências imediatas, são membros prematuros da geração do agora.

Se uma região precisa de uma estrada, constrói-se uma auto-estrada; se os vizinhos constroem um TGV, também têm de construir um TGV. O facto de tal decisão ser susceptível de modificar profundamente os padrões de trabalho, de aumentar as despesas, de poder desencadear consequências ecológicas devastadoras uma  geração mais tarde, não cabe, pura e simplesmente, no seu conceito de tempo.
Num mundo de mudança acelerada, o ano que vem está mais próximo de nós do que o mês seguinte estava numa era menos frenética.

A transformação radical deste facto da vida deve ser compreendida por aqueles a quem compete tomar decisões, quer pertençam ao campo industrial, quer ao governamental, quer a qualquer outro.Precisam de alargar os seus horizontes temporais.

Planear para um futuro mais distante não significa amarrar-se a programas dogmáticos. Os planos podem ser experimentais, fluidos, flexíveis, o que não pode acontecer é continuarmos a ser governados por gente de vistas curtas.

Algumas ideias expressas surgiram 'Do Apocalipse à Esperança.

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