Portugal entrou em pré-campanha eleitoral, quando mais precisava de estabilidade política. No mesmo dia em que os investidores exigiam um juro historicamente elevado, de 7,6%.
A moção de Louçã marca a agenda política de forma indelével e condiciona o futuro político, económico e social. O dia 10 de Fevereiro será, provavelmente, mais importante do que pode supor, e a história disso rezará.
O caos, teme-se, está ao virar da esquina, e por isso, sobra a pergunta: E agora, Pedro? Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, afirmou, há uma semana, numa grande entrevista a Maria João Avillez, no canal Etv, que não andaria com o Governo ao colo, como tem andado, com medo de queimar os dedos. E agora, Pedro? Vai queimar os dedos?
E, agora, Pedro? Um mês é muito tempo, muito pode acontecer, os investidores, as agências de rating, a Comissão Europeia, a senhora Merkel ainda vão falar. Sócrates vai fazer-se de vítima e os seus adversários internos, no PSD, vão estar à espreita.
Ainda assim, e apesar dos custos associados a um longo e penoso processo eleitoral, que ‘acaba' com a possibilidade de Portugal cumprir os seus compromissos em 2011, Pedro Passos Coelho tem de se assumir. E tem de assumir a sua condição de líder do maior partido da Oposição.
Excerto de: E Agora Pedro?, António Costa, Económico
Nota: Alguns Jornais de hoje referem que Passos Coelho "segura Sócrates"
Sem comentários:
Enviar um comentário