Cientistas do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, converteram células adultas da pele humana directamente em células funcionais do coração, de forma eficiente e sem ter que primeiro passar pelo complicado processo de gerar células-tronco embrionárias.
O mecanismo inédito poderá levar a novos tratamentos para uma variedade de doenças e lesões envolvendo a perda de células, tais como ataques cardíacos, Parkinson e Alzheimer.
A equipe introduziu em fibroblastos da pele de adultos os mesmos quatro genes inicialmente usados para fazer as células iPS.
Mas, em vez de deixar os genes continuamente activos nas células durante várias semanas, eles os desligaram após alguns dias, muito antes de as células se transformarem em células iPS.
Ao desligar os quatro genes, os cientistas deram às células um sinal para fazê-las se transformar em células cardíacas.
"Em 11 dias, saímos de células da pele para células pulsantes do coração em um recipiente de vidro," disse Ding. "Foi fenomenal ver isto."
Ding realça que a técnica é fundamentalmente diferente do que tem sido feito por outros cientistas, e assinala que, dando às células um tipo diferente de sinal poderia transformá-las em células do cérebro ou células pancreáticas, por exemplo.
Além de compreender melhor a biologia básica das células-tronco, o próximo passo previsto pela equipe será modificar essa técnica para eliminar a necessidade de inserção dos quatro genes, que têm sido associados com o desenvolvimento de câncer quando as células são inseridas em um organismo vivo.
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