... Pintado por D. Carlos de Bragança em 1905. Quando a atenção se concentra no espaço bidimensional da tela, os olhos vivem a mais livre das aventuras: a obra abre-se a múltiplas interpretações, não alterando, porém, o carácter pela qual ela vale, consiste e comunica.
O prazer estético da primeira impressão é apenas o início de uma relação mais profunda. Quando a atenção se concentra no espaço bidimensional da tela, os olhos vivem a mais livre das aventuras: a obra abre-se a múltiplas interpretações (alguém disse que há tantos Hamlets quanto a melancolia dos seus leitores) porém, as diferentes leituras, não alteram o carácter pela qual ela vale, consiste e comunica.
José - Augusto França incluiu Sobreiro no livro intitulado 100 QUADROS DO SÉCULO XX. O texto que o apresenta contém informações sobre a já centenária obra e, recorrendo à fantasia, o douto historiador mostra ainda como uma visão poética a enriquece. As palavras que se seguem testemunham o fenómeno: olha-se para esta árvore enorme e torcida, de raízes brotando da terra ingrata, e é uma escultura de carne que se vê corpo poderoso, vermelho de pele, abaixo da cortiça que o veste pelo meio, como uma camisa que se despe pelos braços alçados.
Num campo alentejano, solitário e silencioso sobreiro impressiona. (Se gostou , pode continuar a ler aqui)
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