Esperaria algum decoro de quem conduziu os destinos do país num trajecto que desembocou na mais grave crise da nossa memória colectiva (...). Mas não ouvir a mais modesta autocrítica, a mais breve menção de um - um só que fosse ! - erro de avaliação, ou o mais ténue sinal de que, podendo voltar atrás, se teria feito algo diferente, roça o domínio patológico. A decência mandaria que, mesmo alijando a culpa, se assumisse a responsabilidade.
Mas não, tanto a culpa como a responsabilidade são de terceiros: os especuladores, a conjuntura internacional, os alemães, os patrões, os inimigos do Estado-Social, o PSD e, também, o Presidente. É o comandante do Titanic atribuindo todas as culpas ao iceberg.
José Ferreira Machado, SOL
Mas, pelo que estamos a ver, há quem goste desta estória, que pode não acabar por aqui. Sim, a irresponsabilidade pode continuar legitimada pela escolha nas próximas eleições. - A conta,essa, juntar-se-à a que já temos para pagar.
Sem comentários:
Enviar um comentário