O fenómeno é português. Mas é também europeu. Em Portugal, basta citar o gozo com que a esquerda fala do ‘africanista de Massamá’, uma reedição do clássico ‘rapaz de Boliqueime’.
O cheiro a subúrbio é um bálsamo para o parolo cosmopolita. E se assim é em Portugal, a coisa amplifica-se em França com a prisão de Strauss-Kahn. Prisão justa? Injusta? Não sei e não me interessa. Mas sei e interessa-me a forma como a esquerda insinua que nem todos os homens são iguais perante a justiça. Quando existe um ‘notável’ que desaperta as calças, é preciso desapertar também a moral e as leis.
A única diferença entre a França e Portugal é que Paris não é Lisboa. E apesar de uma decadência ininterrupta desde 1871, a França continua a jantar na mesa dos grandes. Portugal, quando muito, limpa as migalhas. E, nos intervalos, diverte-se com os suburbanos sem se aperceber que o verdadeiro subúrbio somos nós.
Pereira Coutinho,CM
Todos somos diferentes, respeitemos essas diferenças. Os Homens não se julgam pela sua origem mas pelo seu carácter em resultado da sua conduta.
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