Uma receita óbvia. E simples: basta garantir "crescimento económico". Voilá.
Mas, como pôr em prática este "eureka!" global? Como aplicar uma receita em que todos os países crescem, vendem mais, exportam mais? Se a solução mágica de todos os macroeconomistas é pôr o seu país a exportar e a diminuir importações, cresce-se para onde? Para a Lua?
Podemos transformar este momento crítico numa guerra de todos contra todos. Ou então sermos mais inteligentes que a crise. Protestar sem soluções concretas não vai resolver nada. E a verdade é que, fora deste rectângulo à beira-mar plantado, ninguém quer saber se estamos a passar fome ou se sabemos tomar conta de nós. A nossa maior esperança é a extraordinária capacidade de adaptação dos portugueses. Oxalá queiramos sair do buraco.
Daniel Deusdado escreve hoje no JN sobre o Futuro:Vendido, de onde extraí os excertos acima.
E sim, é verdade, o que cada um de nós portugueses não fizermos por nós e pelos nossos, não são os de fora, que pouco mais têm feito do que nos emprestar dinheiro a juros (e que juros, não é só dinheiro, mas o modo como mandam e desmandam em todos nós) altíssimos, que nos irão tirar do atoleiro em que certas governanças nos meteram. É difícil, muito difícil perder estatuto, dinheiro, benesses, ajudas, enfim - empobrecermos. Mas, não há volta a dar. Porém, falta-nos um raio de esperança para podermos alimentar o sonho: que um dia possamos ter estabilidade, paz e liberdade. Neste mundo que parece caminhar para o abismo, se todos contribuírem com um pouco de benevolência, cederem no seu egoísmo e tentem remar num só sentido - contenção, imaginação, trabalho e ajuda - talvez possamos inverter o caminho .
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