Ninguém sabe. É muito possível que os limites vão além das necessidades presentes que as nossas sombrias especulações sejam injustificadas. No entanto, há um facto saliente que não pode deixar de merecer atenção: ao acelerar a mudança no mundo exterior, obrigaremos o indivíduo a reaprender a todo o instante o seu ambiente exterior. Isto só por si, faz novas exigências ao sistema nervoso. As pessoas do passado, que precisavam apenas de se adaptar a ambientes relativamente estáveis, mantinham laços duradouros com as suas próprias concepções internas acerca do «modo-como-as-coisas-são».
Nós vivemos numa sociedade de elevado nível de transição. Obrigam-nos a um ritmo de vida quotidiana em constante alteração, exigem-nos uma nova capacidade de adaptação. Portanto, resta-nos preparar o ambiente para essa doença social potencialmente devastadora que é o choque com o futuro. Qual o nosso limite de adaptação? Não sabemos.
Fonte: Alvin Toffler
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