A parte mais preocupante desta originalidade portuguesa, que surpreende qualquer analista estrangeiro, é que, demasiadas vezes, esses ex-governantes não deixaram uma obra louvável.
Ou seja, é como se o principal atributo destes políticos comentadores não fosse a qualidade mas a autoridade. A ocupação de lugares de chefia no passado parece conferir a estas pessoas uma autoridade duradoura, que se prolonga no tempo muito para além da posição exercida. O pior de tudo é que este estatuto de autoridade parece quase completamente independente da qualidade da chefia exercida. Mesmo os chefes mais incompetentes e corruptos preservam essa aura de autoridade quando, racionalmente, seria natural concluir que nunca deveriam ter ocupado aquele posto, por manifesta e gritante incapacidade. (continuar a ler aqui)
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