Os factos: 1) mais de 250 mil pessoas chegaram desde janeiro à União Europeia de forma ilegal. Destes, cem mil puseram pé na Itália, 150 mil na Grécia; 2) o objetivo da maioria é chegar seja à Alemanha porque é generosa a dar asilo seja à Grã-Bretanha por causa da língua; 3) há refugiados de guerra, como os sírios, há os imigrantes económicos, como os subsarianos, e pode haver terroristas; 4) com o perpetuar das guerras no mundo islâmico o fluxo migratório continuará; 5) há redes de traficantes a fazer fortunas.
As soluções: 1) catalogar os refugiados como invasores, como fez um senador italiano, e obrigar os barcos a regressar aos portos de origem e destruindo-os para estragar o negócio às redes. E esperar que assim sejam menos os que tentarão o eldorado; 2) considerar os refugiados seres humanos, criar condições para um acolhimento digno, distribuí-los pela União Europeia enquanto esperam definição do estatuto e prevenir as travessias aventureiras negociando com os países do Sul do Mediterrâneo sistemas de vistos e vigilância das costas.
Ora, os governantes europeus têm medo de que aceitar refugiados dê votos a partidos como a Frente Nacional ou a Aurora Dourada. E também duvidam da vontade de integração de muitos imigrantes, como deixou claro um ministro eslovaco que disse preferir sírios cristãos.
Mas há outra realidade que toda a gente reconhece e que por estranho que pareça não entra do debate: a necessidade de imigrantes que tem esta Europa onde nascem poucas crianças. É a forma de manter a prosperidade que mesmo em tempos de crise a faz ser a tal terra de sonho.
Esta é a opinião de Leonídio Paulo Ferreira, DN
Sem Dúvida: Os governantes europeus têm medo de se responsabilizarem por uma solução temem as respectivas consequências. A solução, qualquer que seja, é efectivamente difícil de decidir. De qualquer modo urge que a europa acabe com a indefinição que há muito a percorre,( nesta e em muita outras situações) os seus respectivos líderes, carentes de chama, ausentes de ideias inovadoras, não são mais que uma massa amorfa em que não brilha qualquer cristal mesmo pequeno seja.
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